Freelancer ou Marca?

A pergunta que nunca tem uma resposta certa.

Sempre que alguém me pergunta: “Afinal, é melhor trabalhar o meu nome como freelancer ou criar uma marca separada?”, eu sorrio. Porque, verdade seja dita, não há uma resposta única. A resposta é aquela que quase ninguém gosta de ouvir: depende.

 

Depende da tua visão de futuro. Depende do caminho que queres construir. E, acima de tudo, depende da pergunta mais importante: até onde queres ir?

Se trabalhas com o teu nome,

 tens a força da autenticidade. És tu. A tua cara, a tua voz, a tua empatia. O networking flui de forma natural porque as pessoas recomendam pessoas: “Liga à Mónica, ela faz um trabalho excelente.” E, no fundo, os melhores projetos acabam por vir de relações humanas, confiança e recomendações sinceras.

Mas há um desafio: quando o teu nome é a tua marca, é também ele a limitação. Escalar, criar equipa, abrir um estúdio… tudo isso pode ser mais difícil quando os clientes esperam sempre que sejas tu a estar presente em cada detalhe.

Se crias uma marca

tens espaço para crescer. Estás a erguer algo que pode ir além de ti, que pode ganhar asas, atrair outras pessoas, tornar-se maior do que o teu nome próprio. A transição para equipa, estúdio ou até para outro modelo de negócio é mais natural. Mas aqui o jogo é outro: exige mais investimento inicial, mais consistência e paciência até o mercado confiar.

No fundo, não há certo nem errado. Há apenas escolhas.

Eu própria não consigo dar-te uma resposta definitiva. E talvez a beleza desta questão esteja precisamente aí: na possibilidade de cada um escrever o seu próprio caminho.

Então, digo-te só isto: antes de escolheres entre ser freelancer ou ser marca, responde primeiro a ti mesmo — até onde queres voar?